A tecnologia vem revolucionando o jeito como empresas e pessoas compartilham informações. Isso aprimora diferentes nichos de mercado e não é diferente no setor jurídico, que começou a passar nos últimos anos pela experiência trazida pela blockchain.
E os motivos pelos quais ela pode contribuir com escritórios de advocacia são suficientes para que até mesmo quem não é muito fã de estar na vanguarda tecnológica deixe de lado eventuais receios.
O que é blockchain?
Explicando de modo bastante sucinto e prático, a blockchain é como um grande banco de dados moderno e descentralizado. Também é comparável a um livro digital. A diferença é que as informações de um documento ficam separadas em blocos espalhados em muitas máquinas diferentes, sempre codificadas.
Isso aumenta a segurança em comunicações sensíveis. Portanto, hackers ou pessoas mal-intencionadas não terão acesso a todo o conjunto de dados, mesmo se conseguirem superar a criptografia dessas frações de documentos.
Os fatos atestam a segurança desse recurso. A blockchain é usada mais amplamente na negociação de criptomoedas, por exemplo, e praticamente não há casos de grandes falhas de segurança.
Ainda que eventualmente sejam ultrapassadas as defesas desse recurso e alguém modifique ou apague algo, há um respaldo. É que cópias dos dados originais são armazenadas em diferentes locais e reafirmam o conteúdo original deles. Além disso, todas as alterações ficam registradas.
Então, é uma tecnologia confiável. Também é eficiente, posto que traz diferentes camadas profundas de proteção. Além disso, trata-se de um recurso transparente, pois propicia fácil checagem na mudança de conteúdos por parte de cada pessoa que tenha acesso autorizado.
Como um escritório de advocacia pode aproveitar a blockchain?
Ganhos em segurança, tempo e recursos por causa de automações estão entre as principais vantagens para o escritório de advocacia que adota essa tecnologia.
Dado o nível de proteção e transparência da blockchain, é possível aproveitá-la para celebrar contratos imutáveis por apenas uma das partes. Existem softwares que asseguram a confiabilidade e o acesso restrito ao documento apenas para quem possui assinaturas digitais específicas, o que proporciona privacidade.
Outro atrativo é a viabilização dos contratos inteligentes, conhecidos ainda como smart contracts. Eles seguem a mesma lógica dos documentos convencionais, mas são autoexecutáveis a partir de comandos dados.
Um exemplo está na indústria de mídia. Se houver comprovação eletrônica de que uma quantidade combinada de publicidade foi produzida, o programa do contrato inteligente vai automaticamente considerar a cláusula cumprida. E dará prosseguimento ao acordado, com a liberação de novos pedidos de tarefas ou de ordens de pagamento, para citar apenas duas possibilidades.
Também tem indicações do uso dessa tecnologia para autenticar e validar documentos, dar suporte ao registro de provas de autoria de obras, patentes e marcas, além de otimizar transações bancárias.
Como aliar tecnologia e gestão jurídica?
Com o avanço da tecnologia e tantos anúncios de novidades, é fácil se deixar levar por atitudes extremas. Por um lado, existe a vontade de adotar todos os recursos que podem potencializar a atuação de advogados para se destacar no mercado. Ainda que não se domine exatamente o uso ou nem compreenda bem as funcionalidades propostas.
No entanto, o extremo oposto é comum: a busca por evitar tudo o que é moderno por receio de falhas de segurança. Aí, as agendas físicas e cadernos de anotação seguem como opções com as quais os profissionais estão habituados.
Por isso, um bom primeiro passo para aliar tecnologia e gestão jurídica é pensar quais são as necessidades de fato do seu escritório e se familiarizar com conceitos do direito digital. Posto isso, aí vale a pena iniciar uma etapa de reconhecimento sobre as oportunidades que as novidades propiciam.
Passos rumo a novos recursos
A blockchain ganhou seu primeiro conceito só no ano de 2008. Então, é bem recente e seu uso vem avançando aos poucos, até porque ainda está em estudo para identificação de todo o seu potencial. Uma pesquisa recente indica que ela pode ajudar a movimentar R$70 bilhões em 8 anos. E isso se refere a uma de suas aplicações.
Entre as cadernetas de papel e aplicativos que contam com essa novidade, há toda uma evolução digital dentro do mercado jurídico. Aplicativos em smartphones contribuem para atividades pontuais de advogados, em alguns casos.
Softwares jurídicos, que podem ou não aproveitar recursos de blockchain dependendo da fabricante, colaboram para simplificar a rotina administrativa. Com eles, você tem um banco de dados compartilhados e fica fácil gerir finanças, contratos e a agenda de profissionais da equipe. Com esse tipo de suporte, é possível ampliar o tempo investido em atividades como o atendimento aos clientes.
Outra vantagem é que os softwares jurídicos costumam ser simples de usar para profissionais de todas as faixas etárias e níveis de conhecimento em relação ao uso de tecnologia.
Ainda está em dúvida sobre como a tecnologia pode auxiliar o dia a dia de um escritório de advocacia? Fica aqui o convite para assistir ao webinar O escritório de advocacia da nova era: uma conversa sobre a perspectiva do olhar 4.0.