Tudo que você precisa saber sobre Visual Law

Blog

Você já pode ter ouvido ou visto em suas redes sociais a expressão Visual Law, mas já parou para pensar no que esse novo conceito pode ajudar na sua prática jurídica? O mundo jurídico passa por transformações constantes e é necessário estar pronto para se adaptar a estas transformações e evoluções para não ficar desatualizado.

O Visual Law é uma destas evoluções. Não há mais espaço para o excesso de formalismo aplicado nas peças jurídicas, documentos do escritório, contratos e informativos.

O que significa Visual Law?

O Visual Law pretende tornar o Direito mais compreensível para todos, descomplicando o tradicional “juridiquês”, proporcionando o acesso à Justiça e o entendimento dela à todos. 

Para isso são utilizadas ferramentas e elementos visuais como infográficos, imagens, vídeos, tabelas, fluxogramas e QR codes, entre outras ferramentas. 

Qual o principal objetivo do Visual Law?

O objetivo principal é modificar a forma que a informação jurídica chega ao seu consumidor final. Seja ele seu cliente, futuro cliente, seu colega, os serventuários da justiça ou o juiz. Facilitar é a palavra-chave, tornando os documentos jurídicos mais compreensíveis e de fácil leitura para todos.

Seja na hora de peticionar em um processo ou enviar o relatório do andamento processual ao seu cliente, o Visual Law é a ferramenta que irá ajudá-lo a entregar a mensagem desejada de forma mais descomplicada e assertiva.

Em um mundo tão corrido, conseguir que alguém pare para ler um documento com páginas e páginas de palavras rebuscadas é dificílimo. Isso leva a perda de oportunidades. Muitas vezes um ponto importante da sua fundamentação jurídica passa batido no meio de tantas palavras, jurisprudências e citações dentro de uma peça processual. 

As diferenças entre Visual Law, Design Thinking e Legal Design

Para descomplicar e diferenciar estes termos, pode-se dizer que o Visual Law faz parte do Legal Design. Já o Legal Design é a forma de aplicação do Design Thinking.

O Design Thinking é uma metodologia de desenvolvimento de produtos e serviços focados nas necessidades, buscando organizar o processo criativo e gerar soluções para os mais diversos problemas. Converter limitações em valor de negócio e benefícios é o seu grande objetivo.

O Legal Design é uma forma de aplicação de técnicas específicas de Design Thinking ao Direito, focando na experiência do usuário para desenvolver novos produtos para facilitar o dia a dia do universo jurídico.

O Legal Design pode ser aplicado ao planejamento do escritório, passando pela contagem de prazos e também o aspecto visual. E aí que se chega ao Visual Law.

No Legal Design podem ser destacados três principais objetivos: 

  • Otimizar os processos apresentando ações inovadoras para os operadores do Direito; 
  • Proporcionar maior acesso à Justiça para a população em geral e também profissionais por meio da facilitação da linguagem jurídica;
  • Desenvolver sistemas jurídicos mais eficazes e com interfaces de fácil compreensão.

Sempre é bom saber mais sobre novas metodologias a serem aplicadas aos negócios jurídicos, caso queira entender também sobre Lean Thinking e como aplicá-lo na advocacia, leia este post no nosso blog.

Como o Visual Law pode ser aplicado no dia a dia da prática jurídica

São inúmeras as possibilidades existentes para se iniciar no universo do Visual Law. O Visual Law veio para ajudar e não para trazer mais uma preocupação. 

Com a sua aplicação, você poderá melhorar a relação com o cliente, tornando mais fácil o entendimento e a compreensão de andamentos processuais e pareceres.

O sistema judiciário está sobrecarregado e infelizmente uma grande parte dos pedidos enviados para ele não são analisados em sua totalidade. 

Em um sistema judiciário sobrecarregado, a utilização do Visual Law, os documentos jurídicos se tornam mais objetivos, as petições se tornam menos extensas e densas. O que aumenta as chances de serem completamente analisadas e entendidas pelos juízes e serventuários da Justiça. 

Fique atento às tendências jurídicas para 2022 e permaneça sempre atualizado. 

E de que maneira é vista a utilização do Visual Law na Justiça brasileira?

Entre o final de 2021 e o início do ano de 2022 já foram publicadas várias notícias sobre a aplicação de Visual Law no Brasil. O número de cursos e especializações na área não param de crescer e a sua adoção só irá aumentar.

Por exemplo, a 13ª Vara do Trabalho de Fortaleza, no Ceará, virou notícia por estar  utilizando técnicas de Visual Law em resumos de sentenças. Segundo a juíza do Trabalho Karla Yacy Carlos da Silva, esta iniciativa tem o objetivo de facilitar a compreensão das partes em relação ao que foi decidido no processo, sem que seja necessário “traduzir” o que foi dito e qual o resultado do processo.

É um caminho sem volta.

E você vai ficar de fora? O que mais você precisa para iniciar a modernização da sua prática jurídica?

O Visual Law iniciou uma verdadeira democratização do acesso à Justiça, combatendo o conhecido “juridiquês” e o uso de palavras e expressões em latim. Busca produzir textos e documentos mais diretos e de fácil entendimento para todos. 

Para se comunicar bem e passar a informação não é necessário utilizar palavras difíceis e rebuscadas. No Direito atual não há tempo para isso, seu cliente não tem tempo para tentar traduzir os documentos e contratos que você envia para ele. As informações precisam ser repassadas de forma clara e rápida e o Visual Law é o conceito que você precisa conhecer para ter uma comunicação mais assertiva. 

Não esqueça: o Visual Law não é só um documento bonitinho, com desenhos e gráficos. O uso de recursos visuais do Visual Law devem ser vistos como uma forma de melhorar a sua comunicação com o destinatário final, seja ele cliente ou o juiz. 

O saber jurídico sempre será a base da sua argumentação, sendo o Visual Law o complemento perfeito para realizar uma advocacia diferenciada, qualificada e acima de tudo acessível.

Compartilhe:

0 0 votes
Article Rating
Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments